segunda-feira, 21 de março de 2011

Repasse de royalties de Campos registra aumento de 0,78%

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Economia

Repasse de royalties de Campos registra aumento de 0,78%

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com base nos cálculos efetuados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), depositou, nesta segunda-feira, o repasse dos royalties do petróleo para os municípios produtores e limítrofes, referentes à produção de janeiro de 2011. O município de Campos recebeu R$ 45.022.060,84 e registra um aumento de aproximadamente 0,78%, em relação ao último repasse, no mês passado, quando recebeu R$ 44.721.784,64, permanecendo como o maior arrecadador na Bacia de Campos, seguido dos municípios de Macaé, Rio das Ostras, Cabo Frio, São João da Barra e Quissamã, que também receberam aumento no repasse.

 Já em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o município ganhou R$ 42.046.113,13 houve um aumento de 7%. Somando todos os repasses em royalties dos últimos três meses, Campos teve um acumulo em torno de R$ 130.302.972,79.

Todos os municípios que fazem limítrofes com a bacia de Campos saíram ganhando, apesar de ser considerado pequeno o aumento, em torno de 0,5% a mais que o repasse do mês anterior. O reajuste foi influenciado pela crise internacional do Egito e Líbano e também na queda de 2% do câmbio do dólar.

— Tenho previsões satisfatórias para os próximos meses, já que a crise internacional tirou a cotação do petróleo e os municípios produtores saíram ganhando e poderão ganhar muito mais nos próximos meses possibilitando bons investimentos — informou o economista Ranulfo Vidigal.
21/03/2011 - 18h29

Dez grandes empresas no Açu

 
Economia

Dez grandes empresas no Açu

Dora Paula Paes

Com previsão de entrar em operação já no próximo ano, o Superporto do Açu, em São João da Barra, tem hoje 70 memorandos de entendimento em negociação com empresas que querem se instalar ou movimentar cargas. Hoje, 10 empresas já estariam com um pé na região. Deste número, a assessoria da LLX cita acordo de cooperação com a Wisco, terceira maior siderúrgica da China, acordo de instalação de siderúrgica com a ítalo-argentina Ternium, contrato com a Anglo American para embarque de minério de ferro, acordos comerciais com Camargo Correa Cimentos e Votorantim Cimentos para produção de cimento no empreendimento e a instalação de uma unidade de tratamento de petróleo, com capacidade para 1,2 milhão barris/dia. A essas seis primeiras, ainda podem vir a se somar mais quatro empresas — sendo que essas a assessoria não informa, usando a política confidencialidade.

No entanto, se ventila ainda que  três empresas de peso do setor automobilístico — a Iveco, fabricante de caminhões da Fiat, a Renault-Nissan e a montadora da Tata Motors — e a última anunciada na semana passada seria a General Eletric.  

No canteiro — As obras do Superporto do Açu foram iniciadas em outubro de 2007, com investimento na ordem de R$ 3,4 bilhões. O Superporto prevê movimentação de 350 milhões de toneladas por ano entre exportações e importações, o que o posicionará entre os três maiores complexos portuários do mundo. No momento, no canteiro de obras, o ritmo é acelerado para inauguração, com 2 mil pessoas trabalham, sendo que deste número 75% moram na região.

No projeto o destaque fica por conta do conceito porto-indústria, com retroárea para estocagem de produtos que serão movimentados, além de um complexo industrial contíguo que abrangerá siderúrgicas, usina termoelétrica da MPX, cimenteiras, unidade de construção naval da OSX, montadora, pólo metalmecânico, usinas de pelotização de minério e unidade de tratamento de petróleo.

OSX — Esse mês, a OSX, empresa de Eike Batista para a prestação de serviços no setor petrolífero e construção de plataformas, recebeu licença prévia para a construção do estaleiro no Açu.O documento foi emitido pela Comissão Estadual de Controle Ambiental da Secretaria do Estado do Ambiente do Rio de Janeiro. O estaleiro será o maior do continente americano.

Três montadoras estão de olho na região

Em relação as três montadoras que pretendem se instalar na região o primeiro contato foi a visita do presidente internacional da Renaut-Nissan, Carlos Ghosn. Ele foi recebido no Açu pelo próprio mega empresário Eike Batista. Na pauta, a instalação de uma montadora na retroárea do porto, com expectativa de gerar 16 mil empregos diretos e indiretos.

Os informes econômicos também abriram espaço para anunciar a negociação de Eike com o grupo indiano Tata Motors para a construção de uma montadora. De acordo com ele, a construção da fábrica é a contrapartida para os indianos comprarem até 50% das minas de minério de ferro de sua empresa de mineração, a MMX, em Serra Azul, Minas Gerais. Conhecidas como sistema AVG, as jazidas foram adquiridas em julho do ano passado por US$ 224 milhões.

— O Grupo Tata é incrível. Eles fabricam desde o aço até seus automóveis. Se eles se comprometerem a fazer um investimento no Porto de Açu, isso abre espaço para a gente vender um pedaço de uma mina de ferro — chegou a afirmar Eike, na mídia.

Por último, na semana passada, foi ventilada a possibilidade do Açu receber ainda uma montadora da Iveco, fabricante de caminhões do grupo Fiat, que construirá uma nova fábrica destinada à exportação.
21/03/2011 - 10h16